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  • Foto do escritorDanae Bianco

O que fazer em Alter do Chão, Pará

Atualizado: 26 de set. de 2023

Em dúvida sobre um destino de selva ou de praia? Em Alter do Chão você tem tudo isso num único lugar. Ficamos 5 dias em Alter e aqui te conto tudo o que tem para fazer nesse paraíso de praias e florestas!


Alter do Chão, às margens do Rio Tapajós, é um daqueles lugares que te encanta desde do primeiro momento em que, da ruinha principal do povoado, você avista a "Ilha do Amor" e fica pensando qual seria a forma mais rápida de chegar até a tal ilha para simplesmente curtir todo o amor que lhe dá nome.


(a tal ilha, na vedade, é uma península, mas isso não vem ao caso)


Quer praias de areia fina e dourada, água doce na temperatura perfeita, com uma sombra e água de côco (ou cerveja gelada, se prefirir) sempre à disposição? Ou prefere aventuras pela selva, trilhas, passeios de barco e expedições para avistar pássaros e mamíferos amazônicos?


Em Alter, você pode ter tudo isso, em uma vila super animada, com bons restaurantes e bares, artesanato regional e uma vibe super deliciosa.


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ilha do amor

Quanto ir a Alter do Chão


Na região de Alter, assim como em toda a Amazônia, dependendo da época do ano que você vai, as experiências que você encontrará serão completamente diferentes.


Na época da baixa dos rios, de agosto a janeiro, serão quilometros e mais quilometros de praias de areia fina e brilhante, te convidando a parar para um mergulho a cada minuto.


Já em época de cheia, de fevereiro a julho, o que brilha são as florestas inundadas e os animais, que (ao que dizem) são mais ativos e fáceis de avistar.


Estivemos por lá em meados de janeiro e pegamos muitas praias. Mas muitas mesmo. Praia todo dia. Em alguns lugares, víamos que haviam barraquinhas em locais que a água já havia inundado, então fico imaginando que na época da seca a água deve baixar muito mais e revelar várias outras praias que sequer imaginamos que existam, ou quão belas sejam.


Mas, como dezembro e janeiro são os meses de férias escolares no Brasil, se essa é a época que você tem para viajar e pretende ir para lá, fique tranquilo que haverá ainda muitas praias para aproveitar.


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praia do cajueiro


Como chegar em Alter do Chão


Alter do Chão é uma pequena vila, distrito da cidade de Santarém, que fica a cerca de 1.400 km de Belém - P.A. e 1.770km de Cuiabá - M.T.


Apesar de distante dos maiores centros urbanos do país, Santarém tem voos direto para Manaus, Belém, Brasília e outras cidades da região (á época em que escrito esse post, isso sempre pode mudar). Quando fomos para lá, estávamos em Manaus, então pegamos um voo da AZUL de cerca de 1h20 até Santarém. Na volta, fomos de Santarem a Brasília, em voo direto de cerca de 2h30 de duração.

Do aeroporto de Santarém a Alter são cerca de 40 minutos de carro. Fomos de taxi, já preagendado com um motorista indicado pela pousada em que nos hospedamos, mas você pode pegar um ali no aeroporto, na hora em que o voo chega. Não recomendo alugar carro, pois todos os passeios em Alter são feitos por barco. Dá para ir em algumas praias de carro, mas poucas, e não sentimos nenhuma falta de ter um carro na viagem.



Onde ficar em Alter do Chão


Em Alter há diversas opções de hospedagem, para todos os gostos e bolsos.


Ficamos na Villa Arumã Pousada. É uma pousada pequena, com alguns chalés em uma área super arborizada, você se sente hospedado no meio da selva. Vimos macacos e bichos-preguiça dentro da pousada.


Estávamos em 2 famílias, então pegamos dois chalés, que formavam um sobrado: uma família ficou no quarto do térreo e a outra no quarto do andar de cima - este tinha uma banheira na varanda, cercada por árvores imensas, uma delícia. No fim da tarde, ou a noite, curtíamos a piscininha suspensa entre as árvores, muito show. Não era tão próxima ao centro da vila, mas dava para ir a pé de boa.


Outras opções que na época pesquisei e me pareceram boas e bem avaliadas:


- Casa da Árvore de Alter - uma verdadeira casa na árvore, integrada com a natureza ao redor. Era onde queríamos ter ficado, mas não estava mais disponível.


- Beloalter Hotel - parece ficar um pouco mais afastado do centrinho da vila, mas tem uma boa estrutura e praia privativa


- Sunset Beach House - casa de alguel, muito próxima ao centrinho e a ilha do amor, está bem avaliada.


- TerrAmor Amazon - chalés próximos ao centro, cheguei a cotar este mas não tinha disponibilidade para as datas que precisávamos.




O que fazer em Alter do Chão


Os passeios na região de Alter são todos feitos de barco. Em alguns lugares há como chegar por terra, mas, a não ser que você tenha ido até lá com seu próprio carro ou necessite ter um carro por alguma outra razão, me parece que não faz muito sentido alugar um carro para os passeios. Vale mais a pena fazer tudo de barco mesmo.


Fizemos todos os passeios com o Marcelão (celular 93 9181-0535), barqueiro super simpático e que conhece a região como poucos. Nos ensinou muito sobre a fauna, flora e rios amazônicos e a interação das comunidades locais com o ambiente.


Todos os passeios que fizemos foram de dia inteiro, com direito a assitir um por-do-sol mais maravilhoso que o anterior no caminho de volta.


Vamos, então, ao que interessa: o que fazer em Alter do Chão!


- Floresta Nacional de Tapajós


Area de preservação ambiental; as comunidades indígenas que vivem na região recebem os turistas para passeios guiados pela floresta. Fomos nos núcleos de Maguari e Jamaraquá.


fotos da trilha pela Floresta de Tapajos - núcleo Jamaraqua


Nosso guia foi o Chito, conforme íamos caminhando, ele parava para nos mostrar as plantas, comentar sobre as propriedades de cada uma, demonstrar como a folha de uma determinada palmeira é utilizada para criar os mais diversos instrumentos, passamos em uma área de seringal, em floresta alagada, lago com vitorias régias e comunidades locais.




Há um restaurante simples no local, o peixe fresquinho muito bom, e um redário show de bola para o merecido descanso depois da caminhada pela floresta.


Na volta, ainda paramos em algumas praias e pegamos um por-do-sol memorável na Ponta do Cajutuba.



- Encontro das águas do Rio Tapajós com o Rio Amazonas


As águas claras do Tapajós se encontram com as barrentas do Amazonas e, assim como o famoso encontro das águas do Negro e Solimões, percorrem uma boa distância, lado a lado, até que acabam por se misturar. O contraste entre as águas não é tão dramático quanto o do encontro das águas de Manaus, mas ainda assim é muito interessante.


(1) encontro das águas do Tapajós (área mais azulada, embaixo da foto) e do Amazonas (área mais amarronzada, bem no centro da foto) (2) barco regional, no rio Arapiuns


Em seguida, o Marcelão nos levou a um braço do Rio Amazonas - é realmente impressionante a diferença da cor das águas, a do Amazonas é marrom clara, realmente bem barrenta.


A primeira parada foi numa casa de ribeirinho (desculpem, não anotei o nome do local). Uma típica casa da região, em que a família nos recebeu para uma caminhada pela floresta. Com a ajuda da guia, foi o local em que avistamos mais animais - pássaros em geral, mas também preguiças, macacos e iguanas. Comemos a castanha regional e alguns doces feitos ali mesmo, com os ingredientes locais.



Em seguida, fomos ao Jardim de Vitórias-Regia de Dulce - essa senhora, a Dulce, mantém no lago em frente sua casa um cultivo de vitórias régias que, além de lindas, ela utiliza como principal ingrediente dos petiscos que serve. Muito simpática, nos explicou que, amante da culinária, certo dia resolveu experimentar aquela planta e, ao longo do tempo, percebeu que diversas partes dela podem ser usadas para preparar os mais variados pratos: tempura, biscoito, pipoca, chips, brownie, etc. etc. O local é muito simples, na varanda da casa dela é servido o "menu degustação" das iguarias feitas com a planta - uma experiência única e imperdível.



Vitorias-régia, Amazônia, Pará, Brasil
jardim de vitórias-régia da Dulce


De lá, voltamos para o Rio Tapajós e o almoço foi na Casa de Saulo, restaurante super badalado, com uma vista linda do rio e pratos muito bem elaborados. Bem mais caro que o padrão da região, mas proporcional ao que entrega.


Após uma parada na praia na Ponta de Pedras e um por do sol maravilhoso na Ponta do Cururu, mais um dia se passou.




- Lagoa Verde de Alter


Essa lagoa fica bem perto do centrinho da Vila. Na época de seca do rio, entre a Lagoa e o Rio Tapajós forma-se uma península de areia, separando essa "lagoa" do curso do Rio. Na península há diversos quiosques e a praia é bem gostosa.


Com o barco, adentramos na lagoa verde. Ali, a vegetação funde-se com as águas e tudo se transforma numa grande floresta algada, uma experiência belíssima, que por vezes chega a ser surreal, você se vê passando de barco pela copa das árvores, como se fosse a coisa mais usual e corriqueira do mundo. Imagino que no auge da estação seca o passeio seja mais restrito, mas estivemos em janeiro, no final da época de seca, e foi realmente lindo.


A água é bem calma e gostosa, te convida a descer do barco e nadar. Há algumas trilhas por ali, mas não chegamos a explorar muito, aproveitamos para curtir a lagoa e uma prainha linda que encontramos.


Lagoa Verde, Alter do Chão, Pará, Brasil, Rio Tapajós

Lagoa verde de Alter



- Praias - há inúmeras praias por lá. Tipo milhares e milhares de quilômetros. Sem brincadeira. E olha que fomos já no final da época de seca, então (segundo nos disseram) muitas praias já estavam alagadas ou com faixa de areia bem menor. Mas, ainda assim, para mim pareceu que era praia que não acaba mais.


Em algumas delas há bares, barraquinhas, vendedores e toda a parafernália que vemos nas principais praias de mar brasileiras. Para quem (como eu) só está acostumado a ir em praia no mar, vai (1) achar que é a mesma coisa, porque a vibe é realmente a mesma e (2) achar que é completamente diferente, pois nadar na água doce, e limpa, é milhões de vezes melhor que nadar no mar (ainda mais hoje em dia, em que tenho a impressão que o mar está cada vez mais sujo e com a água mais oleosa).


O nível do quanto gostei das praias de rio é tamanho que, se pudesse, a partir de hoje só iria em praia de rio. Amei. Espero que você vá e goste ao menos uns 10% do que eu gostei, que já vai ser o suficiente para adorar o lugar.


Não me lembro de todos os nomes (e nem paramos em todas as praias, porque a gente só teve 5 dias lá), mas as que gostamos foram as Praias do Pindobal, Ponta de Pedras, Cajatuba, Santa Cruz, Cajueiro e deve ter mais um monte de outras que eu simplesmente esqueci.



- Apreciar o por-do-sol: em qualquer dos passeios que você fizer, aproveite o por-do-sol. Por mais cansado que você esteja, acredite, vale a pena. O sol se põe na margem oposta do Rio Tapajós, que ali na região tem ao redor de 14km de uma margem a outra. Ou seja, é rio até a linha do horizonte, e entardeceres uns mais lindos que os outros.


Como se não bastasse, em um dos dias, na Ponta do Muretá, enquanto estávamos lá relaxando no fim da tarde, apareceram diversos botos, ficaram até o anoitecer nadando ali próximo a margem do rio.





- Ilha do Amor


Apesar de chamada de "ilha", é uma península de areia que na época de seca se forma bem na frente do centrinho da cidade. Tem vários quiosques e bares, e é uma ótima pedida ir ali para nadar no rio e tomar uns drinks. A vista do centrinho para a Ilha é o cartão postal padrão de Alter.


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Ilha do Amor


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